Monday 13 April 2009

Curta nota de um domingo de Páscoa

Com os anos passando e as pessoas queridas tambem, hoje mais do que nunca, procuro refúgio na família. Dizem os mais pessimistas que esta, como conceito, está se acabando.

No livro Adventures of a bystander, o falecido Peter Drucker, aquele cunhado como pai da administração, mas que, na minha opinião, foi o primo mais próximo do bom senso, e de tão genial ele escolheu o anonimato e caiu, para azar do mundo e sorte ou prudência da própria integridade, nas mãos da ainda por nascer Administração de Empresas. Mas enfim, como falava, Peter Drucker disse que o pecado capital do nosso século é a indiferença.

É natural ser indiferente, ou, se preferirem, descuidado na atenção, com coisas que não fazem parte do nosso mundo. Portanto, por exemplo, o mundo infantil só abre os portões celestiais à sua atenção quando você passa a fazer parte dele. Essa foi uma das primeiras afirmações da minha esposa. “Descobri um mundo que jamais havia notado.” O pecado é a indiferença para com o sofrimento; mais, para com o sofrimento dos nossos. E os nossos, invariavelmente, são os familiares.

Que Deus me ilumine para que eu possa cultivar a habilidade artesanal de venerar e honrar a instituição mais preciosa que existe. Sem a família, somos todos órfãos; um mundo de indigentes viciados e doentes.

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